Mesmo após Chicago ter sido eliminada, os críticos ridicularizavam a viagem de Barack Obama a Chicago como sendo um exercício equivocado de "ginástica verbal". Mas o embaraço desta sexta-feira, com a eliminação da cidade no primeiro turno, provavelmente causará mais problemas a Obama nos Estados Unidos."Não vejo isso como um repúdio ao presidente ou à primeira-dama", afirmou David Axelrod, assessor de Obama e, assim como este, também ex-morador de Chicago. "A iniciativa não deu resultado, mas valeu a pena."
Nesta sexta-feira, vários profissionais da mídia, que já vinham questionando as prioridades do presidente, juntaram-se aos críticos direitistas de Obama. De maneira mais imediata, é provável que a rejeição faça aumentar as dúvidas quanto à suposta confiança exagerada de Obama em si mesmo. Embora ele tenha passado apenas algumas horas na capital dinamarquesa, e apesar do fato de que outros líderes estivessem presentes para fazer pressão pela escolha de suas cidades, Barack Obama fez a defesa de Chicago com base nas suas biografias. Ao personalizar a defesa da cidade, colocou a sua reputação em jogo.
A derrota de Chicago também deverá reduzir o foco no sucesso de Obama nesta quinta-feira em Genebra, onde os Estados Unidos persuadiram o Irã a abrir para inspeções a sua segunda instalação para enriquecimento de urânio. Aquele momento foi, sem dúvida, uma comprovação da eficácia da estratégia de negociações usada por Obama. Nesta sexta-feira ele descreveu os esforços para que Chicago fosse escolhida como parte da sua iniciativa geral no sentido de voltar a conversar com o mundo.
Os apoiadores de Obama temem que o presidente tenha fornecido munição fácil aos críticos conservadores do diálogo internacional - uma postura que baseia-se implicitamente nos charmes persuasivos do presidente. Bill Gatson, um analista experiente, afirma: "O momento foi infeliz porque isso estraga uma boa história vinda de Genebra no que diz respeito ao Irã. A mídia em Washington é como um bando de jogadores de futebol de seis anos de idade: todos eles correm atrás da mesma bola".
Nesta quinta-feira, Rahm Emanuel, o chefe de gabinete de Obama, que também é de Chicago, provocou os críticos do presidente: "Nós garantiremos que eles terão alguns bons assentos assim que Chicago for escolhida para sediar os jogos olímpicos", disse ele à ABC News.
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