André Malraux foi um escritor francês de assuntos políticos e culturais. É, além de um grande escritor, um grande pensador da época. Tanto que Hannah Arendt, em um ensaio sobre as contribuições européias contemporâneas para a filosofia política, discute a obra de Malraux. Foi amigo pessoal de Camus, assim como de Charles De Gaulle. Participou ativamente da resistência francesa durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.
Publicado em 1933, entre duas grandes guerras e em um período pré-revolução chinesa, “A Condição Humana” revela as conclusões tiradas por André Malraux sobre os homens, em geral.
Descreve também a condição humana européia diante da globalização e a possibilidade de uma ascensão efetiva à consciência humana. Fala da era atômica, no tempo em que não se concebia ainda a destruição em massa. O autor também não esquece a crise de 1929, que lançava o mundo numa confusão econômica, e se pauta também sobre o nacionalismo chinês.
Quanto aos personagens, os temas são distintos e seus dilemas variam: Tchen e o assassínio, Clappique e a loucura, Katov e a revolução, May e o amor, Gisors e o ópio, Kyo e sua indiferença, etc.
A linguagem do livro não é fácil e a leitura não é dinâmica. Faz facilmente um leitor desinteressado e de fim de semana desistir no livro no primeiro capítulo. Quem seguir até o fim, terá o prazer de desfrutar dos conflitos de existência de seus pergonagens em meio a uma época de guerra e sofrimento.
De certa forma, me fez lembrar os dilemas de Raskólnikov (Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski) o famoso jovem estudante russo que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o ato. Mas não há semelhanças entre uma obra e outra, apenas me fez recordar o prazer que foi ler Dostoiévski.
Bom, indico "A Condição Humana", de Andre Malraux, para quem tiver paciência e interesse por temas de história e política.
2 comentários:
Parece interessante, mas acho que desistiria como vc disse...rs
Como se pronuncia "Malraux"?
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