Ontem, passeando pelas livrarias, comprei o exemplar de Abril da Revista Língua, uma ótima publicação para graduados em Letras, profissionais do mercado editorial, publicitários, advogados, pesquisadores, e amantes do estudo de línguas e das diversas formas de expressão, no geral.
Esse exemplar trouxe uma excelente matéria sobre o Twitter, rede social e ferramenta de microblog que virou febre no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Com a inclusão digital se desenvolvendo em pleno vapor, o país atingiu 66,3 milhões de internautas em 2009 e abocanhou 8,8% da população mundial de usuários do Twitter.
Inicialmente, os usuários se limitavam a posts que descreviam hábitos cotidianos, como "Acordei meio triste." ou "Indo para a faculdade." Hoje em dia, temos os mais variados estilos de perfis e conteúdos, de pessoa física à jurídica, de crianças à idosos, de notícias sérias ao humor sem compromisso. De alguma forma, o Twitter tem a cara de todos.
Somado a tudo isso, veio um grande desafio: o brasileiro é capaz de se expressar em apenas 140 caracteres? A máxima "menos é mais" nunca esteve tão presente nos textos que circulam na internet. Estamos substituindo o estilo "querido diário" e assumindo a concisão, um recurso vital à escrita e comunicação online.
Se a palavra de ordem é economia verbal, isso vale para todos: a Academia Brasileira de Letras (www.twitter.com/abletras) já se rendeu ao novo gênero e a Universidade de Chicago acaba de lançar o livro "The World's Greatest Book Retold Throught Twitter" (Os melhores livros do mundo recontados pelo Twitter), do autor Alexander Alciman.
Na verdade, nada disso é novidade; nossos grandes mestres do passado já anunciavam essa necessidade: "Escrever é cortar palavras" (Drummond), "Corte todo o resto e fique com o essencial" (Hemingway), "Enxugar até a morte" (João Cabral de Melo Neto).
Somos obedientes e fizemos a lição de casa. E vamos encerrar esse texto, que já está ficando grande demais.
11 comentários:
Que texto excelente! Estudei Letras com você na UFRJ e nunca cheguei nem perto dessa sua forma de escrever.
Lembro de quantas provas de literatura vc fez sabendo muito menos que o resto e ainda assim tirava a nota mais alta, pois articulava as palavras como ninguém.
Nunca esqueci o que vc me disse uma vez: "Fê, não adianta armazenar informações e conhecimento, se vc não é capaz de articular tudo isso e traduzir em belos diálogos e escritas fascinantes."
I'm back, girl!!!!!!!!!!!!!!!!!!
See u anytime.
Fê.
Fê, querida! Não acredito. Você resolve aparecer do nada e no meu blog ainda por cima?!
Bem-vinda ao Brasil!
Precisamos nos ver.
Um beijo, R.
Oi! Achei seu blog pesquisando por assuntos de Literatura. Muito legal, parabéns! adorei o título que vc escolheu pq esse texto do twitter, mto criativo.
Oiii Fui sua aluna na Cultura Inglesa. Estou pensando em fazer relações internacionais, mas queria conversar com vc antes...
me manda um email?
juliadiasfer@hotmail.com
bjoss
Eu queria tanto que todo mundo entendesse o quão legal é a idéia do Twitter e o quanto podemos fazer para que ele melhore. Ao invés disso, as pessoas continuam postanto baboseiras.
É polêmico falar do Twitter. Ao mesmo tempo que muitas pessoas se revoltam com a quantidade de idiotices, há quem defenda que, independente disso tudo, é um microblog e em um microblog as pessoas escrevem o que der na telha, sendo inconveniente ou não.
Abs!
Oi! Por favor volte ao fórum de RI!!! As pessoas precisam das suas orientações. Vc conhece muita gente importante na área, são dicas valiosas!
Sei que tá apertado, mas arrume um tempinho.
Bjs, Ana.
Nossa, quanta gente! Que maravilha!!!
Ramon: Ficou legal, né? Adorei também. E não é plágio, hein!
Julia: o email foi enviado! Conte comigo!
Lana: concordo.
Gael: concordo também. Para isso temos o "unfollow", né? Mas ainda acho chato.
Ana: Querida! Estou em uma correria só, mas prometo que passo lá sim para ajudar a galera.
Beijos beijos e voltem!!!
Olá, Rafaela Rodrigues. Cheguei aqui pelo Noites Brancas. Adorei seu blog e virei sempre que puder. Bjs, Betina.
Rafa!
Engraçado que antes a gente achava um saco esse lance de twitter! Facebook e Orkut nos bastavam... hj, além de ideias, acompanhamos informações, falamos com amigos e claro: nos expressamos.
Acho que o potencial dessa ferramenta ainda não foi totalmente explorado, visto que muita gente ainda usa pra contar baboseiras irrelevantes do dia ou mesmo da TV. Mas acho que neste sentido temos como 'resolvido' o problema da era informacional que é justamente o excesso de informações. Para isso temos o 'unfollow'!!! Dale dale dale ôôô...
Parabéns pelo trabalho desarollado aqui.
beijão,
Rafito.
Postar um comentário