Hoje foi dia de ficar em casa e se atolar em notícias, reportagens, fotos, vídeos e fofocas sobre o caos que ficou o Rio desde ontem a noite.
Eu não consegui sair para o trabalho e, portanto, acompanhei o dia inteiro a saga dos jornalistas para tornar o problema o mais dramático possível, e - claro - tentar colocar alguma culpa no Eduardo Paes, no Sérgio Cabral e consequentemente no Lula.
Assisti logo cedo na Globo News uma entrevista com o assessor do Eduardo Paes. É impressionante a quantidade de perguntas estúpidas e irrelevantes da apresentadora que ele teve que responder. E isso continuou ao longo do dia, com outras entrevistas ou conversas por telefone.
Medidas preventivas são sempre óbvias e sempre o melhor em qualquer situação. A essa altura do campeonato, qualquer evento - catastrófico, principalmente - se torna massa de manobra política.
É importantes ter em mente que o que aconteceu é algo quase que excepcional, nada corriqueiro. Portanto, não é hora de sair por aí procurando culpados.
Deixemos a mídia com seu sensacionalismo barato e vamos por os pés no chão.
3 comentários:
Eu concordo, não há culpados, politicamente falando.
Hoje pela manhã assisti uma mesa redonda na Globo News com estudiosos em Arquitetura e Geologia, da USP e UFRJ. A questão não é tão simplista quanto parece e quanto, muitas vezes, a imprensa faz parecer: há muitas políticas públicas em desenvolvimento nessa questão de ocupação irregular de território, muito já se avançou nisso (é claro que estando longe do ideal).
Um dos problemas é a continuidade dessas políticas nos municípios. Muitas vezes, a gestão atual não continua o trabalho da anterior e interrompe projetos. Mais tarde, começa os seus próprios, que em algum momento serão interrompidos por futuros prefeitos.
Soma-se a isso uma série de outros problemas ligados à remoção das populações das áreas de risco.
A discussão é boa e rende muito.
Eu vi uma parte. Gostei do cara que falava meio em espanhol... muito interessante.
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