domingo, 19 de outubro de 2008

Rapidinhas

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou ontem que a Petrobras (que opera o Bloco 18, na região amazônica equatoriana, onde produz 32 mil barris de petróleo por dia) assinou o acordo com o governo aceitando as novas regras para a exploração petrolífera no país. Isso deve colocar um ponto final no impasse que teve início há duas semanas.

As novas regras estabelecem que o Estado arrecada todo o lucro obtido com a extração do petróleo, em troca do pagamento dos custos de produção. Apenas uma margem do lucro vai para as empresas estrangeiras (antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo).
Mas a tensão continua de outro lado...

Apesar de Correa afirmar que a expulsão da construtora brasileira Odebrecht é um assunto entre o Estado e uma empresa privada, e não um conflito entre Brasil e Equador, o clima anda tenso. Após a expulsão, o Itamaraty adiou sua visita a Quito, e, por tabela, a discussão sobre a construção do corredor rodofluvial entre Manaus e o porto de equatoriano de Manta, que dará ao Brasil uma saída comercial no Pacífico.

Além disso, o Equador ainda mantém a posição de não pagar a dívida de US$ 243 milhões contraída no BNDES para a construção da usina hidrelétrica San Francisco. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que a relação comercial com o Equador pode acabar se o governo andino não honrar o pagamento da dívida.

Bom, é hora de acertar os ponteiros.

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