segunda-feira, 27 de abril de 2009

A ameaça taliban e a proximidade com o Paquistão

Bom, a essa altura do campeonato, com toda a instabilidade que ronda o Irã, o Paquistão, que também protagoniza novelas no Oriente Médio, resolveu colocar as mangas de fora.



O grupo do taleban, que tanto aterrorizou os Afegãos entre 1996 e 2001 está cada vez mais próximo do Paquistão. Eles começaram a se retirar na sexta-feira de Buner. Sua conquista silenciosa desse distrito paquistanês estava pressionando o governo de Islamabad, tanto pelos dos EUA como de sua própria opinião pública.


Apesar das declarações de firmeza pronunciadas ontem pelo primeiro-ministro, Yusef Raza Gilani, e pelo chefe do exército, general Ashfaq Pervez Kayani, o governo mobilizou apenas algumas centenas de forças paramilitares em Buner. Além disso, grupos de taleban começaram a aparecer em vários distritos vizinhos, segundo testemunhos de seus habitantes. Por isso as autoridades não conseguiram eliminar os temores de que não estão fazendo o suficiente para acabar com a ameaça extremista.
A crescente influência taleban no norte do Paquistão, junto com a perda de controle do governo de Islamabad na área, fizeram soar todos os alarmes no Ocidente sobre a estabilidade do país, o único de população muçulmana que possui a bomba atômica. As autoridades paquistanesas devem tomar medidas para "neutralizar a ameaça" taleban, disse o secretário de Defesa americano, Roberts Gates. Em meias palavras: não basta ter consciência da ameaça, tem que atuar contra ela.


Diante da pressão americana, o governo paquistanês afirma que nada tem a ver com o Afeganistão, e que jamais permitirá que o território do Paquistão caia em mãos de extremistas como o taleban.


É ver para crer.

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