Fiquei muito feliz de ler uma matéria que saiu hoje no New York Times sobre o ensino em algumas escolas muçulmanas de Cingapura.
Parece que chegou a hora do governo assumir o peso de manter a educação presa ao conservadorismo, com o currículo voltado somente para a religião.
Após começar o dia com orações e cânticos em homenagem ao aniversário do profeta Maomé, os alunos da madrassa (escola muçulmana) Al Irsyad Al Islamiah, em Cingapura, voltam-se para o secular. Em uma aula de química da qual participam apenas garotas o assunto são as substâncias e os ácidos e em outra os alunos estudam inglês, matemática e outras matérias do currículo nacional. Os professores pedem aos alunos que façam perguntas. Alguns, fiéis à adoção das tecnologias modernas pela escola, medem os conhecimentos dos estudantes com dispositivos individuais de avaliação.Os líderes muçulmanos de Cingapura veem a Al Irsyad, com o seu equilíbrio estrito entre estudos religiosos e seculares, como o futuro da educação islâmica, não apenas nesta cidade-Estado, mas em outros locais do sudeste asiático.Duas madrassas na Indonésia já adotaram o currículo e o sistema de gerenciamento da Al Irsyad, atraídas por aquilo que consideram um modelo progressista de educação islâmica afinado com o mundo moderno. Para elas, a Al Irsyad é o contraponto às várias madrassas tradicionais que enfatizam os estudos religiosos em detrimento de tudo o mais. Em vez de pregarem o radicalismo, os livros da escola elogiam a globalização e organizações internacionais como as Nações Unidas. Líderes da educação islâmica de Cingapura lamentam o fato de que, em grande parte do Ocidente, as madrassas de todas as regiões passaram a ser vistas como centros de militância nos quais os alunos passam os dias decorando o Alcorão. Mas eles estão aliviados porque, nos últimos anos, nenhum suspeito de ser terrorista da região foi produto de madrassas cingapurianas, embora alguns deles tivessem vínculos com madrassas da Indonésia e de outros países do sudeste asiático. Essa associação fez com que se aprofundasse o debate a respeito da natureza da educação muçulmana.Graças a Deus, os líderes de Cingapura começaram a enxergar as enormes dificuldades do sistema de educação islâmica. Essas escolas não conseguiram se adaptar ao mundo moderno, e permanecem formando adultos despreparados para lidar com o mundo exterior. Além disso, há o fato de alguns líderes religiosos estarem achando que eles mesmos não estão atendendo às necessidades do Islamismo como uma fé que precisa estar viva, interagindo com outras comunidades e religiões.
O Conselho Religioso Islâmico de Cingapura, um comitê que assessora o governo nas questões muçulmanas, deu a Al Irsyad um local de destaque no seu novo centro islâmico. Sendo há muito a instituição que apresenta o melhor desempenho dentre as seis madrassas do país, a Al Irsyad foi escolhida para figurar no centro como um "modelo demonstrativo”.
Esperamos que essa mentalidade encha os países muçulmanos de novas idéias para mudanças na educação do Oriente Médio, como um todo. As crianças e jovens dessa região precisam crescer voltados para uma nova realidade, cada vez mais marcante em suas vidas.
A semente de um diálogo mais aberto com as comunidades islâmicas está sendo plantada agora. Quem sabe daqui a 30 anos teremos uma nova geração, com mente aberta, voltada para o desenvolvimento e para a parceria com outros países.
Parece que chegou a hora do governo assumir o peso de manter a educação presa ao conservadorismo, com o currículo voltado somente para a religião.
Após começar o dia com orações e cânticos em homenagem ao aniversário do profeta Maomé, os alunos da madrassa (escola muçulmana) Al Irsyad Al Islamiah, em Cingapura, voltam-se para o secular. Em uma aula de química da qual participam apenas garotas o assunto são as substâncias e os ácidos e em outra os alunos estudam inglês, matemática e outras matérias do currículo nacional. Os professores pedem aos alunos que façam perguntas. Alguns, fiéis à adoção das tecnologias modernas pela escola, medem os conhecimentos dos estudantes com dispositivos individuais de avaliação.Os líderes muçulmanos de Cingapura veem a Al Irsyad, com o seu equilíbrio estrito entre estudos religiosos e seculares, como o futuro da educação islâmica, não apenas nesta cidade-Estado, mas em outros locais do sudeste asiático.Duas madrassas na Indonésia já adotaram o currículo e o sistema de gerenciamento da Al Irsyad, atraídas por aquilo que consideram um modelo progressista de educação islâmica afinado com o mundo moderno. Para elas, a Al Irsyad é o contraponto às várias madrassas tradicionais que enfatizam os estudos religiosos em detrimento de tudo o mais. Em vez de pregarem o radicalismo, os livros da escola elogiam a globalização e organizações internacionais como as Nações Unidas. Líderes da educação islâmica de Cingapura lamentam o fato de que, em grande parte do Ocidente, as madrassas de todas as regiões passaram a ser vistas como centros de militância nos quais os alunos passam os dias decorando o Alcorão. Mas eles estão aliviados porque, nos últimos anos, nenhum suspeito de ser terrorista da região foi produto de madrassas cingapurianas, embora alguns deles tivessem vínculos com madrassas da Indonésia e de outros países do sudeste asiático. Essa associação fez com que se aprofundasse o debate a respeito da natureza da educação muçulmana.Graças a Deus, os líderes de Cingapura começaram a enxergar as enormes dificuldades do sistema de educação islâmica. Essas escolas não conseguiram se adaptar ao mundo moderno, e permanecem formando adultos despreparados para lidar com o mundo exterior. Além disso, há o fato de alguns líderes religiosos estarem achando que eles mesmos não estão atendendo às necessidades do Islamismo como uma fé que precisa estar viva, interagindo com outras comunidades e religiões.
O Conselho Religioso Islâmico de Cingapura, um comitê que assessora o governo nas questões muçulmanas, deu a Al Irsyad um local de destaque no seu novo centro islâmico. Sendo há muito a instituição que apresenta o melhor desempenho dentre as seis madrassas do país, a Al Irsyad foi escolhida para figurar no centro como um "modelo demonstrativo”.
Esperamos que essa mentalidade encha os países muçulmanos de novas idéias para mudanças na educação do Oriente Médio, como um todo. As crianças e jovens dessa região precisam crescer voltados para uma nova realidade, cada vez mais marcante em suas vidas.
A semente de um diálogo mais aberto com as comunidades islâmicas está sendo plantada agora. Quem sabe daqui a 30 anos teremos uma nova geração, com mente aberta, voltada para o desenvolvimento e para a parceria com outros países.
Um comentário:
Que fabuloso!!!!!!!! Ótimas notícias!!!!!
Vamos escrever aquele paper juntos, então?
Abs,
Chico Benatti.
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