E mais um país abalado com a nova crise internacional: Índia. E por que seria diferente?
A queda das ações no país já prejudicou muitos investidores, grandes ou pequenos. Nos últimos anos, investidores mais cautelosos estavam diversificando suas aplicações, evitando depósitos bancários e dinheiro vivo. Entretanto, não demorou muito e a crise os levou de volta à segurança dos depósitos bancários, reduzindo o volume de capital disponível para outros instrumentos, que, consequentemente, retardou o crescimento da indústria de servições financeiros.
O alto índice de poupança da Índia foi um dos motores de arranque da economia. Forneceu capital produtivo e iniciou um ciclo de maior crescimento, renda e mais poupança.
À medida que o crescimento real do PIB acelerou e a economia se abriu, muitos chegaram a pensar que os indianos mudariam hábitos milenares de vida e se tornariam mais consumistas. terrível engano: a prosperidade do país aumentou ainda mais os índices da poupança.
Vale lembrar que um dos motivos para o povo indiano ser tão cauteloso é o sistema previdenciário precário: somente 10% da população trabalhadora é coberta por um plano de aposentadoria. Ainda temos a cobertura dos planos de saúde, que é muito baixa.
Grande parte da poupança indiana está investida em ativos físicos improdutivos, por exemplo, casas, jóias e bens duráveis. Isso tudo está sendo transformado muito lentamente em ativos financeiros, e o governo está ávido por encontrar novas maneiras de incentivar a mudança de pensamento do povo indiano.
Afinal, a vaca sagrada se ficar rica dará leite ninho ou continuará no tradicional?
Um comentário:
Rafa, muito bom esse texto.
By the way, a matéria sobre Índia está de pé?
Abs, Daniel.
Postar um comentário